SONHANDO COM A ARTE

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Encontro Pedagógico 17/04/2013



Pensando no encontro pedagógico......

 

Quando falamos de encontro pedagógico na Creche Vila Kennedy  pensamos logo em brincadeiras ... Em aprender brincando.... O que fazer, para que  todos entendam a importância  de cada um, para que toda nossa creche funcione azeitadinha?

Qual  seria o tema desse encontro?

Quais  atividades  contemplariam  o tema  de forma lúdica?

Como seduzir o grupo para a leitura  de um dos livros sugeridos pela SME, um dos quais,  nos faz entender  a construção de projetos na Educação Infantil?

Nossa!!!! Responder a essas perguntas , faz com que o sono   desapareça ,  o entusiasmo cresça e o furor pedagógico atropele  os pensamentos.

Vamos por partes....

O tema do encontro será : “ Perceber o outro . Mas quem é esse outro?”

O Outro será nossa criança ..... que brinca, mas do que gosta de brincar? Que faz travessuras, mas quais seriam elas? Que conta histórias, mas quais histórias? Que fala da família, mas o que ela fala?  Que conversa com os colegas, mas qual seria o papo?  Que  faz observações sobre os  assuntos da rodinha, mas quais seriam essas observações  e com quem as faz? Que faz tudo as avessas.... que vejo nela ? Somente o que me desestrutura como profissional, ou eu consigo ver que aquele  pequeno  está precisando de mim, pessoa , gente, profissional, adulto?

E o outro.... outro????, que é nosso parceiro de trabalho, será que ele  está motivado como eu?

Será  que ele entendeu  a atividade  que nos propusemos a fazer?  Será que ele  percebe o quanto a sua participação,  junto comigo, faz diferença para a qualidade do nosso trabalho? Será que eu, de verdade, dividi meus pensamentos com ele , registrando/planejando todas as nossas ações e propósitos?  Será que paramos e olhamos com outro olhar  os nossos alunos, percebendo os desejos deles ? Será que esse meu olhar  fez com que eu quebrasse os paradigmas   do educador, como fonte soberana e total de conhecimento ? Será que quando eu me disponho a brincar com os  outros adultos,  eu olho nossa brincadeira somente  como puro prazer de adulto ou consigo perceber  que  existe um olhar intencional, aquele que Paulo Freire tanto falou.....

Tentando responder a todas essas questões ....

Levando nossos educadores a entender o porquê, as entrelinhas desse fazer diferente,  desse desencadear que com prazer  aprendemos  melhor, que repensar nossas atitudes, mesmo  imitando pequenos, ou rindo de nós mesmos, conseguimos avaliar a intencionalidade das ações?

 

Com essa ideia na cabeça, resolvemos propor  que nosso encontro pedagógico  começaria uma semana antes  com algumas atividades que  despertaram curiosidade, agitação, motivação.....

A primeira atividade  foi:
Dividimos entre todos os elementos da creche pulseirinhas de neon com cores diferentes, ninguém em nenhum momento 






poderia deixar de estar usando  sua pulseira, quem por acaso esquecesse, perdesse, pagaria uma prenda .

Entregamos da seguinte forma :

9 pulseiras vermelhas  uma para cada  turma.

9 pulseiras brancas

18 pulseiras amarelas

18 pulseiras verdes

 

Todos,  imediatamente ao receberem as pulseiras, começaram a elucubrar qual seria o motivo delas, quais seriam as tarefas, os porquês e os senões.

Nada mais  foi falado, somente que todos deveriam estar sempre com suas pulseiras.

Que para nós organizadores, a pulseira representa o compromisso de  estar/ser/viver  educador.  Isso é uma reflexão que será feita na quarta feira: porque não podíamos  estar sem as pulseiras e o que elas representavam. E que o sentimento de educador, dentro de uma unidade escolar de educação infantil, modalidade creche,  tem de ser   pertencente a todos  que nela coexistem.

 

No dia  seguinte a direção estaria atenta  para verificar se todos  estavam presentes  com suas pulseiras,  na realidade o objetivo era ver se todos estariam ali, naquele espaço de corpo e alma.....

MOTIVADOS!!!!!

 

Em um determinado momento  a direção convocará o pessoal que recebeu a pulseira vermelha.

Reunirá o grupo em  lugar reservado  dando a seguinte tarefa:

Os elementos que receberam esta cor de pulseira deverão  entrar e sair  dos ambientes da creche,  sorrateiramente,  mudando de lugar os objetos pertencentes as pessoas, sem que as mesmas venham  a perceber no momento.

O objetivo é  fazer com que as pessoas estejam atentas a tudo que se passa ao seu redor.  O mesmo que deve ser feito com nossos pequenos, afinal, estes soltam pérolas, fazem coisas fantásticas e por vezes perdemos esses momentos.

Se você não consegue  perceber  um  elemento diferente ao seu redor, retirando deste ambiente objetos óbvios e  os colocando em outros lugares, como  pode estar atento as façanhas de nossos pequeninos.

 

É notório que essa atividade vai  dar o que falar , reclamar e movimentar a creche.

E a pergunta que fica no ar é:

O que podemos aprender /pensar/refletir a partir desta brincadeira?

 

No dia  seguinte, foi entregue uma  folha  com alguns questionamentos  sobre o primeiro capítulo, suscitando que cada um escrevesse um pouquinho, do livro Projetos Pedagógicos na Educação Infantil, com a seguinte frase :

É pra ontem !!!!

Nosso objetivo é fazer com que as  educadoras   leiam o livro e entreguem o mais rápido possível  suas observações, pois as cinco primeiras a entregar receberão um bônus !!! Cordões comprados   na Rua  da Alfandega, embrulhados  em papel celofane e espalhados/escondidos  pela creche.

 

No terceiro dia,  estarão sendo convocados   os possuidores das pulseiras amarelas. A tarefa deles será :

Apanhar no meio das fantasias e enfeites, uma caracterização e escolher um colega e caracterizá-lo. Este colega depois  de enfeitado deverá se dirigir a direção para saber  qual será sua tarefa:

A tarefa dos  caracterizados  será a de criar situações que representassem alunos líderes, zangados, dispersos, que viessem a exigir maior atenção dos educadores de forma a inserí-los no grupo.

Todos, independente  da  função exercem,  estão inseridos nas atividades.

 

No quarto dia, dois elementos de cada sala, ou seja, os que possuem  pulseiras verdes, receberão uma balão de gás  com água  envolvido em cueiros . Estes são seus bebês e ao toque do sinal cada cuidadora do balão deverá se apresentar com seu bebê na secretaria . Arrumado, cheiroso e tratadinho. Tal qual um tamagoshi, aqueles que outrora foram febre entre a garotada.

Esta atividade tem por objetivo, aguçar os olhos do cuidar, pois para cada  bebê, terá um rol de ações a serem feitas. E que o olhar para a questão do cuidar, é tão especial quanto o olhar social, pedagógico e emocional.

Todas as ações buscam  desenvolver um olhar holístico sobre as ações e sobre as crianças, construindo  em nós a capacidade de olhar e ver, afim de que possamos construir  uma educação  infantil onde esteja privilegiado a coragem/a convicção de uma nova postura profissional, ajustando os esquemas existentes a novas experiências, visando a qualidade/excelência  na Educação de nossos pequenos.

 

No quinto dia,  o Famoso dia do encontro pedagógico, a tarefa é de trazer uma música romântica, baixada sob forma de download no celular de cada um dos educadores. Essa música não pode ser de conhecimento dos outros é uma coisa secreta.

A dinâmica proposta é : Ao sinal do orientador todos  deverão acionar as músicas de seu celular e junto cantá-la. Ao final de um minuto, o orientador  solicitará a parada e perguntará aos participantes: Quais músicas  estavam sendo cantadas? É claro que no tumulto de todos cantando ao mesmo tempo, ficará complicado saber as músicas cantadas.

Para ficar mais divertido, pede-se que se faça outra vez, um minuto para se cantar e ouvir, mas todos dessa vez devem cantar mais alto, muiiiiiiiiiiito mais alto.

Bem, com certeza a resposta será a mesma.

O orientador  fará a seguinte pergunta: Mas as músicas  são todas românticas, como vocês  não sabem as que foram cantadas?

Bem já que  está difícil, saber quais são as músicas,  faremos  10 grupos.  Cada grupo só poderá apresentar  uma música que será selecionada entre as músicas dos participantes do grupo.

Retorna-se para o grupão e   faz-se o mesmo, sendo que agora  todos cantarão juntos e ao mesmo tempo.

Volta-se ao ponto inicial. Com as mesmas perguntas feitas anteriormente.

Ainda assim, as respostas serão as mesmas.

O orientador fará a seguinte pergunta: Mas as músicas  são todas românticas, como vocês  não sabem as que foram cantadas?

Agora, o orientador sugere que se faça  5 grupos e repita-se as mesmas ações em busca de se descobrir a música.

Depois, se fará  dois grupos

E por final,  escolheremos uma música romântica.

Depois de todos ouvirem, a música escolhida

E a pergunta  a ser feita é:

Que lição para nossa vivência de creche, podemos tirar dessa dinâmica?

Nosso objetivo é que as  educadoras possam perceber o outro  olhar,  ver e respeitar as diferenças, entender que mesmo que o objetivo seja único, se  não for construído por  todos,  este acaba se perdendo  e não conseguiremos alcançá-lo.

Precisamos  olhar para o outro, e ver se queremos um projeto vitorioso, cheio de sucesso. Precisamos olhar para todos e incorporar o olhar de todos ao nosso fazer.  Somente assim, poderemos garantir  uma  educação de qualidade,  na construção de uma cidadania plena.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CORES... MIL CORES...

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2014 ..."SOU CRIANÇA ...SOU ARTEIRO ...SOU ARTISTA"...

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