SONHANDO COM A ARTE

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Por que estudamos ?






Como pensar em uma formação pautada na reflexão sobre a prática?
Como “incentivar” as educadoras a buscarem, através da leitura, a prática que
muitos teóricos falam em seus livros?


Freire (1997, p 35) nos faz compreender que não há educação sem
engajamento político, sem compromisso ético, sem rebeldia, sem respeito às
diferenças, sem amor pelos educandos, e é a partir dessa perspectiva, que temos
conduzido a prática de formação continuada, desenvolvida com as educadoras de
nossa creche, desafiando-nos a estudá-la, no sentido de compreendê-la. Além
disso, buscamos, junto com estas, alternativas para o trabalho na construção de
uma escola, que prime pela autonomia do seu corpo docente, das crianças e de
suas famílias, da equipe de apoio, ou seja, uma escola para todos.
Esse é um grande desafio, pois ao olhar para a prática de nossas
educadoras temos que olhar para o nosso próprio fazer, uma vez que atuamos
diretamente na sua formação, e somos portanto, produto e produtoras delas.

A formação não ocorre pelo acúmulo de recursos, palestras e técnicas, mas
através de um trabalho de reflexão crítica sobre as práticas e (re) construção
contínua de uma identidade pessoal.
Concordamos com Freire (1996, p.95) que sem a curiosidade não aprendo nem
ensino e que exercer a curiosidade é um direito que todos temos. Nesse sentido
acreditamos que os espaços de formação possam constituir-se em momentos onde

os docentes sejam instigados em sua curiosidade, experimentando
mundo, estabelecendo com o conhecimento uma outra relação não mais como algo
exterior a si próprio, como mercadorias, e sim como algo que os atravessa, os
transforma, algo conectado assim como a própria vida.

Kramer (2003), também defende que a formação dos educadores contemple
sua formação cultural, onde haja momentos em que estes possam não só apreciar,
mas também socializar suas experiências com a literatura, teatro, música, pintura
etc, sendo essa formação parte do processo de tomada de consciência de si e de
sua prática educativa.

Como Madalena Freire (2003), defendemos que também as educadoras
necessitam de um “outro”, um interlocutor que instigue o seu olhar, que atento aos
seus movimentos, suas hipóteses, provoque-as em suas certezas, problematize sua
pratica, e que, sem exigir imitação, ou intimidar, favoreça o encontro destes consigo
e com sua maneira de ser, que possibilite a eles abrirem-se ao mundo, aventurar.

Freire (1995 p 92) aponta também a necessidade de respeitar a identidade
cultural das educadoras, o que implica o reconhecimento da sua identidade de
educador: Quem sou eu nesse processo? Qual meu papel? Onde deposito minhas
esperanças? Que paixões me movem?

CORES... MIL CORES...

CORES... MIL CORES...

2014 ..."SOU CRIANÇA ...SOU ARTEIRO ...SOU ARTISTA"...

2014   ..."SOU CRIANÇA ...SOU ARTEIRO ...SOU ARTISTA"...

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